domingo, dezembro 31, 2006

Experimentar III: MMVII

Menos um Dia, Mais um Ano
Experimentar mais esperança, mais Calma
Mais comunidade, mais Ousadia
Mais Desejo, mais Acção


Experimentarmo-nos!


Que MMVII seja O Ano!

sexta-feira, dezembro 29, 2006

"Experimentar" II: Ao Senhor Portageiro da Cabine BUS da Ponte 25 de Abril


Experimentar sermos nós próprios...
Mas acima de tudo Experimentar as atitudes dos outros que nos fazem sentir bem, que nos põe a cantar!

Experimentar sorrir como o Senhor Portageiro, da Cabine BUS da Ponte 25 de Abril.
Milhares de carros, gente mal disposta, gente sisuda, mal encarada, gente gira, gente com pressa, gente normal...
Mas o Senhor Portageiro da Cabine BUS da Ponte 25 de Abril está sempre com um sorriso no rosto, farda arranjada, cabelo penteado, retira o dinheiro das mãos sem ter medo de tocar na pele, jeito descontraído de dizer:
-Boa Noite muito prazer em vê-la...
Primeiro o meu espanto: eu nunca tinha reparado no senhor, não o conheço, acho que o meu olhar apenas roçou o seu rosto, nunca focou nenhum pormenor da sua cara...
- Penteado novo... Fica-lhe muito bem! Uma boa noite, até amanhã!
E de facto, eu tinha um penteado novo.... Será que o Senhor Portageiro da Cabine BUS da Ponte 25 de Abril reparou mesmo em mim, reparou que eu tinha um penteado novo, deseja mesmo que eu tenha uma boa noite?
Bem, pouco importa....
Foi das travessias mais descontraídas da Ponte, com um sorriso na boca, cantarolando a música que não conheço a letra, a noite começou bem, apenas porque alguém, não se resignou à sua cabine de Portagem e extrapolou um sorriso a partir de um elogio!


Bom Ano 2007, Senhor Portageiro da Cabine BUS da Ponte 25 de Abril.

terça-feira, dezembro 26, 2006

Experimentar I

Experimentar a audácia de ousar a originalidade de ser Igual quanto todos pensam a Diferença

domingo, dezembro 24, 2006

O Cavaleiro da Esperança


sexta-feira, dezembro 22, 2006

quinta-feira, dezembro 21, 2006

Avançar e Crescer...

Canção Livre

Vai para a frente meu coração
A razão contigo vence
O sol nasce para te indicar o caminho
Já não há dúvidas no crer
Na fábrica o aço é para a paz
Para a criança os frutos nascem
Colhidos pelas mãos de poetas
No ar corre o som das canções vencedoras
Para uma nova vida construída pelo homem.
Vem comigo lembrar a ave que já não há perigo
No cantar canções livres
À flor que o beijar do vento se tornou natural
Vem,
Vem comigo soprar os moinhos
Das crianças descalças
E depois correr, correr pelos montes,
Teu cabelo desfeito
E lá em baixo, na planície
A cidade nova cresce no céu
Canções de esperança.

terça-feira, dezembro 19, 2006

Envolvida?

sábado, dezembro 16, 2006

Medir


Hoje vou medir-me!
Vou medir o desmedido!
Medir o tamanho do meu passo pequeno, o tempo entre os meus sentidos e o meu raciocínio, o comprimento do meu aperto de mão e o alcance do meu olhar.
Medir a quantidade de letras que solto nas minha palavras sem me importar com as consequências, sem nem querer saber os seus efeitos.
Medir a distância que me separa dos meus objectivos, o balanço que era suposto fazer e que me embala numa morna e turbulenta doçura.
Medir o crescimento do meu cabelo, das minhas unhas, por vezes vermelhas, o tamanho das minhas dentadas e o aumento sonoro das minhas gargalhadas, do meu soluçar!

Vou medir-me!
Assim, como quem não quer a coisa.



quinta-feira, dezembro 14, 2006

Da Minha Janela!


Adoro o Inverno, quando o frio faz com que tudo fique nítido, o sol brilha sem aquecer, e os campos trazem cores de Primavera!

terça-feira, dezembro 12, 2006

Desmistificação





Eu, Mulher, posso escolher o que fazer, ou não com o meu corpo.

Mas a escolha de eu ser LIVRE, ou não, de ESCOLHER é TUA!

segunda-feira, dezembro 11, 2006

Hoje, Muitos Cantam!

"Manifiesto"
Victor Jara

Yo no canto por cantar
ni por tener buena voz
canto porque la guitarra
tiene sentido y razon,
tiene corazon de tierra
y alas de palomita,
es como el agua bendita
santigua glorias y penas,
aqui se encajo mi canto
como dijera Violeta
guitarra trabajadora
con olor a primavera.

Que no es guitarra de ricos
ni cosa que se parezca
mi canto es de los andamios
para alcanzar las estrellas,
que el canto tiene sentido
cuando palpita en las venas
del que morira cantando
las verdades verdaderas,
no las lisonjas fugaces
ni las famas extranjeras
sino el canto de una alondra
hasta el fondo de la tierra.

Ahi donde llega todo
y donde todo comienza
canto que ha sido valiente
siempre sera cancion nueva.

sábado, dezembro 09, 2006

Para ti


Para ti
Sim
Para ti que lês
Que observas
Que com atenção me consegues ver
Por trás das letras a acenar
Com o velho aparo que não uso.
Que imaginas o meu rosto, as minhas mãos,
a cadência do meu coração quando procuro as teclas,
quando procuro a pontuação correcta
e tento não errar no significado de cada palavra.
Para ti
Que quase consegues ver o meu olhar,a espreitar, curiosa por entre as letras que deixo por ai,
como se fossem pegadas na areia molhada.
Para ti
Sim
Para ti
Que estás desse lado, logo a seguir ao ecrã!

sexta-feira, dezembro 08, 2006

Noção do Ridículo

Assumir o excesso!
Não temer a desaprovação por ter perdido a Noção do Ridículo que se pode tornar o excesso.
O querer fazer parecer maior, único, especial, verdadeiro.
Assumir que o expulsar de uma torrente brotesca de adjectivação, onde as palavras se anulam, se engolem umas às outras, condensam-se, pode dar prazer.
O prazer assumido de fazer parecer aquilo que não se quer, que não se quer temer.
Assumir o excesso.
Era o que muitas bocas deveriam fazer.



À Maçã de Junho reserva-se o direito à (auto)crítica no que diz respeito a este texto em jeito de nota de rodapé

segunda-feira, dezembro 04, 2006

Palavras?

Uma palavra?
Pedes-me uma palavra?
Suplicas a inspiração que não te posso dar...
Que não sou, que não tenho...
Uma só palavra, a palavra certa, aquela que te arrancaria do abismo onde a imaginação de esgotou e onde a solidariedade parece não ter lugar...
A Palavra que seria o Mote, o início, a meta e o ponto de chegada dos artistas auto-renegados, das auras douradas dos poetas cuja cegueira permite enxergar a nitidez da realidade inventada. Que seria o Rumo no teclar, o objectivo, sem predicado regular, sem o pretérito perfeito que faria dele o expoente da comunicação.
Palavras?
Não as tenho
Inventa-as...