quarta-feira, janeiro 31, 2007

SIM II

(...) Entendemos que a vida é um processo em desenvolvimento, passando por diversos estádios: o embrião o feto, o nascimento e desenvolvimento da pessoa até a morte. Neste processo, biológico e cultural, entendemos que o direito à vida está consagrado nos documentos anteriormente mencionados*, se refere aos direitos e liberdades fundamentais do individuo e implicam a contrapartida do dever de respeitar toda a pessoa humana na sua dignidade.
Nesta perspectiva, a vida humana assume uma dimensão social e ética, que envolve compromissos de natureza económica e social aos futuros pais e mães, perante a responsabilidade de assegurar as condições básicas que devem proporcionar a uma criança para que cresça feliz, seja um/uma cidadão/ã responsável e possa trilhar o seu próprio caminho com dignidade.

In "Dignidade social da vida humana: uma perspectiva ética na defesa da IVG" de Maria José Maurício, este texto faz parte do livro "SIM! Despenalizar o aborto. Proteger a maternidade e paternidade. Garantir o planeamento familiar e a educação sexual”



* art. 24º, nº 1 da Constituição da República Portuguesa, art. 3 da Declaração Universal dos Direitos do Homem.


sábado, janeiro 27, 2007

Se olhares pela janela e não me vires, é porque voei...

(continua)

quinta-feira, janeiro 25, 2007

Na Boca de Lobo

Estou presa na Boca de Lobo onde tudo se espelha num conceito retrógrado de acumulação de capital, onde tudo é lucro e todos somos fachadas debitantes de informação previamente testada, raciocínio encaixante nos parâmetros das operações fictícias de movimentação de capital imaginário.



domingo, janeiro 21, 2007

Vendo-me


Que se consuma o meu corpo!
Que sobre ele se tenha a vontade que em mim já não há, de o controlar, de o suster, de o possuir. Que haja a vontade de o constringir ao pequeno espaço compreendido entre um outro corpo e a parede onde as minha mãos têm tendência a sapatear, a descer lentamente até à madeira do chão onde caem aflitas, exaustas. Que se emoldure este corpo com as gotas de suor temperadas com a saliva alcalina de bocas nunca saciadas. Que se compre este corpo cansado e ter uma alma que se queria desprendida, deste corpo sem vontade de o ser.

Palavras, são apenas palavras...


quinta-feira, janeiro 18, 2007

Reflexo Condicionado

Não vale a pena tentares negar o que te faz agir...
Teus gestos não são mais do que reflexos condicionados que regem a tua vida, que te fazem, que manipulam as tuas acções perante reacções massificadas por quem assiste na bancada a todo esse triste espectáculo. E pensas ser diferente, quando é esse pensamento que te junta aos demais e transforma a diferença na igualdade de pensar ser diferente.
E procuras, e tentas, e dizes sempre que sim, que percebes, mas não vês, que o teu reflexo condicionado te reflecte.



domingo, janeiro 14, 2007

Falso alarme

Sinto-te como um falso alarme e doem-me as ideias que me levam a pensar que poderias ter sido diferente, que podia ter ignorado o estímulo sonoro da ansiedade.
Uma fraude inventada por ti mesma, para te refugiares do destino pertinente que tentas descrever por entre as veredas engenhosas de alguém preso ao sexo a que chamam Mulher.
Mulher!
Não és desilusão, és a confirmação...

sexta-feira, janeiro 12, 2007

Razão

És o instinto em forma de razão.
A sinapse rectificada que se pode resumir num gemido de frequências agudas.


terça-feira, janeiro 09, 2007

Já não moro...

Se corro pela rua e rasgo um grito pelas roupas dos estendais com cheiro a sabão...
é porque já não moro ai
Se bates três vezes, como sempre o fizeste, com aquela cadência definida e a resposta já não ecoa do fundo...
é porque já não moro em ti
Se insistes em ai ficar, parado, a pensar que escutas alguma coisa quando tudo o que vês é uma grande mentira...
é porque já não moras em mim
Se são agora as minhas mãos que me aprisionam o corpo e por ele espalham impulsos acetinados que me arqueiam o dorso...
é porque já não moro em mim


Inevitabilidade




Será que é Inevitável que algumas coisas sejam traduzidas pela Inevitabilidade de o serem?

Foto de Paulo M C R

domingo, janeiro 07, 2007

Diz que é uma espécie de Saramagos pequenitos!


Mourão, 31 de Dezembro de 2006

sábado, janeiro 06, 2007

É oficial


Estou com a BIRRA

sexta-feira, janeiro 05, 2007

Fraternidade

Conversas informais, conversas de café, conversas que nos podem levar a tomar consciência de que são pequenos pormenores que podem, ou não, marcar a diferença.
Numa delas à mesa para um almoço, com o mar e o calor do sol de Janeiro que surgiu a palavra Fraternidade.
Palavra bonita, sonora, palavra com sentido mais ou menos claro, que nos levou a uma longa divagação.
Será uma palavra compreendida, será apenas alguns que a usam e em determinado contexto social, ou de consciência social.
Dei o benefício da dúvida, não é uma palavra comum... Eu própria a uso apenas num contexto específico, e talvez por vício social...
Mas porquê?
Porque se calhar nem todos fazem a escolha consciente pela vida em sociedade, nem todos estabelecem uma relação de igualdade, sem nada que diferencie as pessoas, sem os falsos actos de caridade que acentuam o fosso entre iguais.
Fraternidade?
Sim, palavra melódica, muito mais que uma palavra, um modo de estar.


quarta-feira, janeiro 03, 2007

Sorrateiramente

E quando a musicalidade do silêncio se impôs e a luz se tornou desnecessária, subiste sorrateiramente pela minha coxa, como quem anda em bicos de pés para não fazer barulho. Rodaste na curva saliente da minha anca e por ai, deambulaste uns segundos reconhecendo lugares ambiciosos e viciados...
Sei-te atrevida.
Reconheço a pressão controlada que aplicas no meu ventre, como se o quisesses moldar às tuas cinco pequenas extensões de sentir, às linhas digitais que te conferem a unicidade do meu desejo.

E sobes, confundindo o teu caminhar desalinhado com a certeza da direcção que tomas, com a ousadia.
Procuras, sobes, até ao ponto do suspiro que solto por te aninhares no meu peito.

E perco-te, perco o rumo que tomaste, e não sei por onde andas, porque agora és mais do que a soma das partes, é o todo, o todo que me consome.



terça-feira, janeiro 02, 2007

My aphrodisiac is you...




Some people say
That oysters make you come on strong,
But I don't buy it,
I don't believe my diet turns me on.
Won't take no pills,
That's the last thing that I need to do,
I can't deny it,
My aphrodisiac is you.

Alright, I could sniff some powdered rhino horn,
And go to bed in rubber gloves.
But I don't need no stimulation,
Potions, balms or embrocation,
I'm in love,
In other words...

Don't smoke no grass,
Or opium from old Hong Kong,
That hubble-bubble
Just makes me see you double
All night long.
Don't waste my time
With Spanish fly and roots to chew,
They cause me trouble,
Because my aphrodisiac is you.

Alright, I could sniff some powdered rhino horn,
And go to bed in rubber gloves.
But I don't need no stimulation,
Potions, balms or embrocation,
I'm in love,
In other words...

Some people like
To read the khama sutra first,
But I don't need it
I think if I should read it
I'd be worse;
Don't ask me why,
Because baby, I ain't got a clue.
I just concede it,
My aphrodisiac Is you

Katie Melua