Só penso nisso

Boca de leão
Olhos de falcão
Faro de outro ser que faz ão ão...
Misturar o ser
A terra e o céu
Até não saber
O que é meu ou teu

Pernas de anarquista
Mãos de carteirista
Boca de sacana a quem ninguém resista
Há-de ser a sós
Será tudo nosso
Até que um de nós
Diga: estou que não posso!

Faço o que quiseres
Até compromisso...
Para não dizeres que eu só penso nisso

Fome de jibóia
Teia de aranhão
Cavalo de Tróia no meu coração
Há-de ser a dois
Dois e mais nenhum
Para que depois
Sejam só dois em um

Faço o que quiseres
Até compromisso...
Para não dizeres que eu só penso nisso


Faço o que quiseres

Hoje ou nem por isso...

Eu sei que tu queres que pense nisso

Eu sei que tu queres que pense nisso

Letra: João Monge
Musica: Manuel Paulo In "O Assobio Da Cobra"
Voz: Isabel Abreu

Hoje, Tu sabes que Eu sei que Tu queres que pense nisso, e o pior? É que penso, com ou sem compromisso!

Fruto da imaginação

Eras tu
Na razão das aves e no sol das manhãs
Eras tu
No correr das águas e na cor das romãs

Como foi
Que perdi o pé no coração
Tu és tudo o que me é dado criar
És um fruto da imaginação

Eras tu
Em todas as praças, em todas as cidades
Eras tu
Na paz do silêncio depois das tempestades

Quem és tu
Que andas com a Lua na algibeira à espera que eu vá
Quem és tu
De perna traçada no meu sonho como se fosses de lá

Como foi
Que perdi o pé no coração
Tu és tudo o que me é dado criar
És um fruto da imaginação

Letra: João Monge
Musica: Manuel Paulo In "O Assobio Da Cobra"
Voz: Filipa Pais


Fruit Douces - Pommes - by Raphael Kirschner

Night Rest, Alphonse Mucha.

Este espaço entre quatro paredes, agora guardado pela Tranquilidade Nocturna da Mulher do quadro, proclama a mudança do que resta. Do muito pouco realmente meu ou do pouco do muito que hei de ter!

Alphonse Mucha - Morning Awakening, The Day's Bussiness, Evening Reverie, Night Rest

Escolha

Tiraste as mãos de trás das costas e perguntaste:
- Qual escolhes?
- Escolher? O difícil não é escolher, é não ter por onde....

Foto: alexandru matusciac

Estupidamente simpática...

Cai no ridículo de me achar estupidamente simpática, ao cumulo de parar para pensar se o sistema estaria de facto a conseguir fazer de mim mais uma peça deste puzzle com tons de decadência, apenas iluminado por raríssimos rasgos de pura eloquência simulada.

Hoje Apetece-me....

O Desassossego...

Estado de alerta inesperadamente tranquilo

Recebeste o meu corpo!
Revolto pela tua força, temperado pelo teu sal com areia fina, corado pela luz forte que me deixa quente, e que arrefeces, projectando arrepios concêntricos que se dissipam na minha pele.
Sabes que te temo!
Que não te tenho confiança, não te pertenço, que te confundo com os azuis que emolduram a minha vida. Posso até viver sem ti, não te sou leal e cortejo quem por destino te pertence.
Mas quando te vejo, e basta um breve olhar, o meu corpo liberta o teu cheiro e invade-me aquela velha sensação de insegurança que me mantêm num estado de alerta inesperadamente tranquilo.

24º Festival de Almada

(...)

"Uma sociedade feliz não pode existir sem indivíduos felizes. Mas pode um indivíduo ser feliz no seio da infelicidade geral?

(...)

O Teatro, bem entendido, não nos dá as respostas de que precisamos. Mas faz-nos reflectir. A liberdade, que é a própria natureza do teatro, convoca-nos à celebração do pensamento e à inquietude.

(...)

...convivendo com diversas expressões artísticas que consubstanciam o desejo do homem de se elevar acima de um destino linear e banal, partilhemos a experiência, que todos os anos se renova, da festa da reflexão, do inultrapassável prazer do encontro com os outros no quadro da vivência artística."

In "Uma Obra colectiva"
Programa do 24º Festival de Almada
Joaquim Benite
Director do Festival de Almada

Página 161

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Livro:
"O Cavaleiro da Esperança" - de Jorge Amado
Publicações Europa América - 2ª Ed, Novembro de 1982

Frase:

"Da coluna e do seu chefe iria nascer, em 35, a Aliança Nacional Libertadora, o povo traído em 30, se reunindo ao chamado do Herói da Coluna"

Comentário:

Liberdade!
Nasceu a liberdade!
Cada vez que penso conscientemente ser ainda mais importante a construção da liberdade, mais de apercebo o quanto não sou livre. E são histórias reais de luta que me fazem sentir um pouco mais e pensar um pouco menos... A construção da liberdade também se faz de sentimento, e de algumas horas de boas conversas com os Amigos de Luta!

Ideia abusivamente roubada da "Oficina das Ideias"

Página 161 a :

Palavras Previamente Ensaiadas
As Velas ardem sempre até ao fim
O Cheiro da Ilha
O Bairro do Amor
Momentos & Documentos