sexta-feira, junho 27, 2008

O Junho da Maçã




És a estrela da alvorada e a madrugada junto ao cais
És tudo o que eu vejo em ti, és a alegria e muito mais
És a minha maçã de Junho, és o teu corpo e o meu
Amo-te mais que à vida, que a vida sem ti morreu
Amo-te mais que à vida, que a vida sem ti morreu

És a erva perfumada, debruada a girassóis
O trago do café quente nas manhãs entre lençóis
És a minha maçã de Junho e a minha noite de Verão
Anda, vem comigo, vamos, dá-me a tua mão
Anda, vem comigo, vamos, dá-me a tua mão

És o encontro na estrada, és a montanha e o pôr do sol
O vinho bebido em festa, és a papoila e o rouxinol
És a minha maçã de Junho e a minha estrela polar
Sem ti eu não tenho norte, sem ti eu não sei amar.
Sem ti eu não tenho norte, sem ti eu não sei amar.

Jorge Palma

Mais um mês de Fruta Menina com Nome de Flor

quinta-feira, junho 26, 2008

Alerta geral, Resposta Global


quarta-feira, junho 25, 2008

Deber del poeta


Àquele que não escuta o mar nesta manhã
de sexta-feira, e encarcerado está dentro de algo,
casa, escritório, fábrica ou mulher,
ou rua ou mina ou árido calabouço...
a esse acorro eu e sem falar nem ver
Chego e abro a porta da clausura
e ao abri-la um vago burburinho ouve-se dentro,
um longo trovão desfeito encorpora-se
ao peso do planeta e da espuma,
surgem rios rumorosos do oceano,
vibra veloz no seu rosal a estrela
e o mar palpita, fenece e continua.

Assim pelo destino conduzido
devo sem descanso ouvir e conservar
o lamento marinho na minha consciência,
devo sentir a pancada violenta da água
e recolhê-la numa taça eterna
para que aonde esteja o encarcerado,
aonde sofra o castigo do Outono
esteja eu presente com uma onda errante,
circule eu através das janelas
e ao ouvir-me o olhar levante
dizendo: como chegarei eu junto do oceano?
Então sem dizer nada transmitirei
os ecos rutilantes da onda,
uma derrocada de espuma e areais,
um sussurro de sal que se afasta,
o grito cinzento da ave do litoral.

E assim, a liberdade e o mar responderão
por mim ao sombrio coração.

Plenos poderes
Neruda

Foto de Nuno Pereira, 2008

sábado, junho 21, 2008

Já Estamos a Construir a Festa, Continuamos a Construir o Futuro!

quarta-feira, junho 18, 2008

Afinal por onde andas?

Procuro-te na minha escrita... Como se tivesse uma necessidade desmedida de te encontrar nas minhas palavras, de ter a confirmação que ainda te escrevo, que ainda rodopias à volta das minhas letras e te escondes e espreitas entre os M's.
Mas tu gostas desde jogo, esconde ali, procura aqui, e fico nesta ansiedade insubordinada que não me deixa pensar nas minhas obrigações de menina bem comportada. Já viste que digo sempre o mesmo, não consigo distanciar-me desta imagem que tenho de mim mesma, serei sempre uma menina meio mimada, meio senhora do seu nariz, que vive nesta
corda bamba entre o que é e o que poderia ser.... É sempre o mesmo drama, a mesma velha questão.
Mas a busca constante por ti, entre estas vogais meio desalinhadas e sem sentido que saem da ponta dos meus dedos, deixa-me exausta e, no final caio no teu sono, aquele adornado de carinhos que me embalam no final de cada dia.

segunda-feira, junho 16, 2008

campolide, 14h



há muito que procuras essa sensação de estar vivo entre as minhas palavras, mas tudo o que faço é mascarar com euforia o presente e enrolar estas palavras numa longa mortalha ... vê-las consumidas pelo fumo que desaparece no ar .... há muito que queres viver o que pensas ser teu por direito mas que não passa de uma fachada.

sexta-feira, junho 13, 2008

Porreiro Pá!!!!!



Irlanda: Não 53.4% - Sim 46.4%


quinta-feira, junho 12, 2008

...

Ser comunista não consiste apenas em ter um objectivo político e lutar pela sua realização. Ser comunista não é apenas uma forma de agir politicamente. É uma forma de pensar, de sentir e de viver.
A moral comunista assenta numa base objectiva que determina a sua natureza de classe.
De facto, a base material da moral comunista são as condições de trabalho e de vida do proletariado, a sua luta contra o capital, e, depois da revolução socialista vitoriosa, a sociedade libertada da exploração do homem pelo homem.


In: "O Partido com Paredes de vidro", Álvaro Cunhal

quarta-feira, junho 11, 2008

Para ti



Hoje não estiveste lá, mas foi para ti que o Sol brilhou. Trago-te na minha pele um toque de Mar, para que o possas desfrutar!

sábado, junho 07, 2008

Nova Moda:Vamos Salvar o Planeta....

O momento em que vivemos é o de uma utilização sistemática do «ambiente» como argumento político. Aliás, o «ambiente» tem sido utilizado como um aspecto central de campanhas eleitorais, de acções governamentais, de conferências internacionais e a sua predação, ainda assim, tem vindo a intensificar-se. Isto revela mais uma das insanáveis contradições do capitalismo. O «ambiente» é, aparentemente, uma bandeira sem classe. E essa tem sido a tese central da campanha em curso: responsabilização de todos pela delapidação da natureza da qual apenas um punhado tem beneficiado. A febre e o alarmismo gerados em torno das matérias relacionadas com o «aquecimento global» e as «alterações climáticas» demonstram bem a forma como os Estados e as corporações e grupos capitalistas têm sabido utilizar um problema a seu favor.
(...)
Aliás, o «ambiente» e a «ecologia» são utilizados como estímulos ao consumo e como novas máscaras dos produtos independentemente do processo produtivo que lhes dá origem. (A título de exemplos meramente ilustrativos podemos enunciar a quantidade de materiais produzidos que representam luxos absolutamente desnecessários; a quantidade de material utilizado em embalagens meramente estéticas com papel, cartão, plásticos e tintas que o consumidor paga no acto da compra e é forçado a pagar novamente no acto de entrega para reciclagem e de que o capitalismo não abdica em nome do mercado e da concorrência; a extracção de minério em filões com baixos teores em países subdesenvolvidos e com custos ambientais enormes porque é mais barato do que a sua exploração em filões com altos teores nos países mais desenvolvidos; o desmantelamento dos aparelhos produtivos, como ocorre em Portugal, acarretando o transporte dos produtos e das mercadorias originários em países distantes com elevados impactos ambientais, nomeadamente no plano da queima de hidrocarbonetos. Tudo isto ao mesmo tempo que nos dizem que são as emissões de carbono associadas ao nosso consumo energético caseiro, a poupança da água na lavagem dos dentes ou a separação dos lixos e pagamento da tarifa inerente que determinarão o sucesso das políticas de ambiente. Figurativamente: «não é na água de lavar os dentes que está o problema, é nas embalagens desnecessárias em que envolvem a fruta no supermercado».)

Continua AQUI
As alterações climáticas e as responsabilidades de classe In"O Militante" por Miguel Tiago



terça-feira, junho 03, 2008

Alerta Geral!!