sexta-feira, março 21, 2008

E porque hoje é Sexta feira, 21 de Março de 2008...

Cada árvore é um ser para ser em nós
Para ver uma árvore não basta vê-a
a árvore é uma lenta reverência
uma presença reminiscente
uma habitação perdida
e encontrada
À sombra de uma árvore
o tempo já não é o tempo
mas a magia de um instante que começa sem fim
a árvore apazigua-nos com a sua atmosfera de folhas
e de sombras interiores
nós habitamos a árvore com a nossa respiração
com a da árvore
com a árvore nós partilhamos o mundo com os deuses

António Ramos Rosa


Árvores:

A primeira árvore que plantei foi com o meu Avô Dado, um Carvalho... Depois de muitos Este cravou as suas raízes no quintal da Vivenda Luna e lá continua, mais de 2 metros de altura e com as duas mãos já não consigo agarrar o tronco.
O nosso Carvalho Avô!

A segunda foi um pinheiro que dei a uma amiga, a Paz. Tinha acabado de passar por uma complicada operação à coluna e como prenda pela sua recuperação dei-lhe um pinheiro. Sei que depois o transplantou, mas não tenho noticias se ainda hoje ele existe.

A terceira foi um Incenso que dei à minha grande amiga Ritó, no seu regresso da Dinamarca, aparentemente não será uma árvore, mas parece um pequeno arbusto.As folhas cheiram bem e já deve estar com rebentos.

A quarta?
Bem vira brevemente, virá!

8 Comments:

At sexta-feira, março 21, 2008 11:12:00 da manhã, Blogger Roberto Mauro said...

Parabens pelo seu blog, muito bem escrito, e escrito de um modo inteligente. Boa Páscoa

 
At sexta-feira, março 21, 2008 11:36:00 da manhã, Blogger Maria said...

Excelente post no dia de hoje....
Deixo-te um poema do nosso Ary

Minha laranja amarga e doce
meu poema
feito de gomos de saudade
minha pena
pesada e leve
secreta e pura
minha passagem para o breve, breve
instante da loucura

Minha ousadia
meu galope
minha rédea
meu potro doido
minha chama
minha réstia
de luz intensa
de voz aberta
minha denúncia do que pensa
do que sente a gente certa

Em ti respiro
em ti eu provo
por ti consigo
esta força que de novo
em ti persigo
em ti percorro
cavalo à solta
pela margem do teu corpo

Minha alegria
minha amargura
minha coragem de correr contra a ternura.
Por isso digo
canção castigo
amêndoa travo corpo alma amante amigo
por isso canto
por isso digo
alpendre casa cama arca do meu trigo

Meu desafio
minha aventura
minha coragem de correr contra a ternura

Beijos

 
At sexta-feira, março 21, 2008 4:16:00 da tarde, Blogger Fernando Samuel said...

Virá... inevitável como a Primavera...

 
At sábado, março 22, 2008 3:44:00 da tarde, Blogger samuel said...

Belo post!
Tanto a primeira parte, como a segunda...

Abreijo

 
At domingo, março 23, 2008 10:39:00 da manhã, Anonymous Anónimo said...

As árvores nunca são de mais,eu já perdi a conta de quantas plantei, mas sou um bocadinho menos novo que tu, e só agora reparei numa coisa, nunca plantei um carvalho nem um incenso.
Bjo
José Manangão

 
At domingo, março 23, 2008 10:47:00 da manhã, Blogger Zé-Viajante said...

Fazem falta as fotos no PPP.
Volta ?

 
At segunda-feira, março 24, 2008 8:26:00 da tarde, Blogger as velas ardem ate ao fim said...

O que mais gosto na arvores são as raizes, que alimentam e os ramos que abraçam.

um bjo para ti M

 
At terça-feira, março 25, 2008 12:28:00 da tarde, Anonymous Anónimo said...

Olá linda!
Obrigada pelo belo poema dedicado às àrvores. Como sabes este é um assunto muito querido para mim... acho que posso dizer que é uma boa parte da minha vida.
E já agora, o incenso é uma àrvore. :)
Beijinhos, Regina

 

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