domingo, agosto 27, 2006

Não recordo

Remo para a frente, mas sinto a corrente contrária dominar o barco...
A arrastar-me para onde já não quero estar.
Porque já lhe senti o sabor e não gostei.
Da multidão que se despedia não recordo um só rosto, um só olhar.
Talvez por não ter reparado em ti,
Talvez por não estares lá.
Porque te recordo emoldurado pelo rio,
Pelas luzes, pelo cheiro das flores que me davas.
A cada dia uma diferente, e de tantas flores recordo todos os cheiros.
E todas as cores.
E como ficavam no meu cabelo.
E como sorriam os teus olhos...
Que não me viram por entre a multidão que se despedia.


6 Comments:

At domingo, agosto 27, 2006 8:29:00 da tarde, Blogger TG said...

os meus olhos estaram sempre colocados em ti e quando nao o estão, estara o meu coração.

bjs

 
At domingo, agosto 27, 2006 8:36:00 da tarde, Blogger José Manuel Dias said...

Querer...é desde logo conseguir.
Abraço

 
At segunda-feira, agosto 28, 2006 10:11:00 da tarde, Blogger cm said...

A recordação...
Bj

 
At quarta-feira, agosto 30, 2006 12:42:00 da manhã, Blogger Rita Mendes said...

Quero um poema com espigas e papoilas. Um poema com muito sol. Um poema do chegar (e nao do partir). Sera' que pode ser?....
Beijos aos molhos da madrinha.

 
At quarta-feira, agosto 30, 2006 1:07:00 da manhã, Anonymous Anónimo said...

É um prazer ler-te!

Bjs,

GR

 
At domingo, setembro 10, 2006 7:07:00 da tarde, Anonymous Anónimo said...

Você é uma grande poetisa. A poetisa que sabe dizer o que sentimos na alma. A poetisa que desperta emoções adormecidas. Foi uma grande e agradabilíssima surpresa entrar na tua home page. Meus parabéns.

 

Enviar um comentário

<< Home