quinta-feira, outubro 05, 2006

Cacilhas, 6 da manhã.

- Bom dia!
Digo, ainda com o sono estampado na cara, mas com a pose de confiança que o apelo militante impõe.
As tarjetas informativas voam-me das mãos e aterram noutras que correm.
Mãos apressadas que pedem para o dia passar e apregoam o descanso merecido. Algumas mãos param, olham-me nos olhos com um sorriso cúmplice de quem diz: - Bom Dia, Bom Trabalho!
Outros por vergonha ou timidez roçam a minha mão e aceitam a informação e penso que o calor que quero transmitir passou, ficou marcado naquele ligeiro toque.
Outros não olham, não tocam, não imaginam, não entendem, não vale a pena...
E o dia nasce! O barco apita, o cais fica vazio!
Uma aragem levanta, é hora de outro trabalho, o que tem de ser porque tem de ser... mas que não completa, não ensina, não apraz.
- Até amanhã camarada!
E sei que esta frase, de tantas vezes repetida, não é uma despedida, é o sinal que há mais, há sempre mais uma vez.


7 Comments:

At quinta-feira, outubro 05, 2006 11:36:00 da tarde, Blogger pedro oliveira said...

Felizes daqueles que fazem da crença, vida.
Felizes os que acreditam.
Felizes os que fazem voluntariado, voluntariamente.
Felizes os que têm coragem para partilhar.
Felicidade, como se fosse fácil... felicidade conquista-se, momento, momentos felizes, um(a) camarada que nos toca na mão e faz com que sejamos felizes.

 
At sexta-feira, outubro 06, 2006 10:28:00 da manhã, Blogger Pete said...

Mais uma viagem que o cacilheiro faz, mais um dia.

Beijinhos e bom fim-de-semana.

 
At sexta-feira, outubro 06, 2006 4:41:00 da tarde, Blogger António Almeida said...

então...
até sempre, camarada!

 
At sexta-feira, outubro 06, 2006 8:04:00 da tarde, Anonymous Anónimo said...

Adoro Cacilheiros, há quanto tempo não viajo num. Bom Fim de Semana.

 
At sexta-feira, outubro 06, 2006 8:52:00 da tarde, Anonymous Anónimo said...

Excelente texto. Grande mensagem!
Temos orgulho de ti, camarada!

Bjs,

GR

 
At sábado, outubro 07, 2006 3:32:00 da tarde, Anonymous Anónimo said...

Belíssimo texto. Num instante recordei a quantidade de vezes que cumpri essa tarefa. De todas, a que mais prazer me deu foi em 1991: caída a União Soviética, julgavam-nos amedrontados e escondidos. Mas saímos para a rua e na estação do Terreiro do Paço distribuímos aos milhares folhetos onde reiterámos a nossa condiçaõs de comunistas e a disponibilidade para a luta pelos nossos ideais. A luta continua. Obrigado camarada.

 
At terça-feira, outubro 10, 2006 12:30:00 da manhã, Blogger Vicktor Reis said...

Querida Maçã de Junho. E nesse tempo de alvorada, cruzam-se os que vão com os que voltam, num permanente movimento que é vida e muito querer. Beijinho.

 

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