sexta-feira, março 16, 2007

Para? Não!

O fenómeno produziu-se e nós dizemos que não foi uma consequência que o determinou. Essa consequência dos finalistas tem um nome menos especuloso e mais claro: a causa.
Cada causa é um fenómeno como cada fenómeno é uma causa; e, porque todos os fenómenos são causas, são, por isso mesmo, efeitos. Quer dizer:não há nada que não seja ao mesmo tempo efeito e causa (seguindo a direcção do movimento).
E a consciência e o fim, o plano superior e o
orientador do movimento universal, ficam encaixados (talvez a sangrar) nesta noção comezinha: causa e efeito...

Álvaro Cunhal


Excerto do artigo publicado no jornal Liberdade, nº 277, 27 de Janeiro de 1935

In: Álvaro Cunhal Obras escolhidas, Tomo I 1935-1942

4 Comments:

At domingo, março 18, 2007 10:03:00 da tarde, Blogger as velas ardem ate ao fim said...

Texto genial...de um pensador...Alvaro Cunhal!
E os génios não se comentam.

bjos Maça

 
At terça-feira, março 20, 2007 4:42:00 da tarde, Blogger João Silva said...

como nao diria melhor vou plagiar:

Texto genial...de um pensador...Alvaro Cunhal!
E os génios não se comentam.

("vela"...desculpa a colagem!)

 
At quarta-feira, março 21, 2007 2:00:00 da manhã, Blogger Vicktor Reis said...

Doce Maçã de Junho

Um dia disse-te que não acreditava em coincidências... Existiriam sempre razões para darem origem "àqueles" cruzamentos de quereres e de sentires que sempre nos deixam preplexos.

Faltaram-me a palavras magníficas de Álvaro Cunhal que tão claramente explicita o meu sentir.

Nem calculas o que grato te estou por esta partilha... por tudo isso e muito mais, adoro a tua amizade.

Beijinho.

 
At quarta-feira, março 21, 2007 6:34:00 da tarde, Blogger Maçã de Junho said...

Querido Vitor:
Nada nos resta a ano ser as coincidências, e para alem destas apenas ficam as outras... coincidência...

Maçã de Junho

 

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