quinta-feira, maio 07, 2009

(Re) Toma de Palavras: Do meu Ombro


Escapas do meu ombro, em quarto crescente fazes nascer os suspiros mais sonoros, tornas a respiração mais pesada e soltas o calor que faz as "senhoras" apertar as pernas roçando o nylon que sobe até as coxas e, numa atitude dissimulada, limpar a gota de suor que escorre por entre o peito e mancha a camisa de cetim que por instantes, parece demasiado apertada.
Rodas, sem formar um círculo contínuo, rodas só porque tem de ser, porque também os dedos rodam nas bocas e fazes salivar sempre mais, bocas sedentas do Ópio nocturno que conferes a quem te olha.
No final da noite, quando fica no céu a ultima estrela da madrugada, aninhas-te no meu ombro, como quem procura o aconchego quente, mas sabe, que logo logo estará de partida outra vez.

3 Comments:

At quinta-feira, maio 07, 2009 9:40:00 da tarde, Blogger matilde said...

Lindo o texto, a poesia em prosa.
A imagem... também ela linda. Cheio de poemas.
Beijinho às duas M.s, de outra M ;)

 
At sábado, maio 09, 2009 9:25:00 da tarde, Blogger as velas ardem ate ao fim said...

Lindissimo Amiga!

um bjo às M&M e ao T

 
At quarta-feira, maio 13, 2009 3:27:00 da tarde, Blogger Vicktor Reis said...

Querida Maçã
Sabes? Escapou do teu ombro e veio espreitar à janela do meu sótão... por instantes iluminou um prazer singular que ela própria despertou.
Magnífico o teu texto.
Beijinhos.

 

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