Sopa de Letras
Mais uma vez a Palavra transformou-se numa enorme Sopa de Letras, que me inunda como quem me dedica o Outono. A cada colherada as letras teimam em não se juntar, teimam em ficar a nadar, solidárias na sua incumplicidade. E digo-lhes que me doem, ordeno a sua junção semântica. E como me consome a ansiedade de as ver alinhadas, certinhas na sua formação ordeira de quem cumpre a métrica e a sintaxe de cada linha, de cada pensamento. Mas elas ficam compenetradas no seu próprio som, a gozarem a sua solidão, de mais do que serem letras, serem as letras das minhas Palavras.
1 Comments:
Às vezes as letras são rebeldes. Nada como nos aquietarmos esperando uma nova madrugada. Pode ser que as letras se juntem, direitinhas. Quem sabe...
Beijo.
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