Numa qualquer tigela de barro alentejano média colocar 300 g de farinha (na receita diz farinha sem fermento mas qualquer farinha dá) juntamente com 150 g de margarina para culinária cortada aos pedaços. Desfazer a margarina até a farinha ganhar uma consistência de "areia". Juntar 50 g de açúcar (para os muito gulosos colocar mais um bocadinho) e 0,5 dl de água (é pouco, vão ter de colocar mais). Amassar bem e deixar repousar uns minutos, entretanto cortar 4 maçãs (na receita sugere reinetas, eu usei maçã de Alcobaça que era o que cá havia).
Agora o toque de mestre: colocar as maçãs numa taça e rega-las com água ardente velha (Carvalho Ribeiro e Ferreira por exemplo), pulverizar com açúcar amarelo e raspas de pau de canela (prefiro à canela em pó).
Numa tarteira previamente untada, tender a massa (se forem maricas como eu podem sempre com um garfo fazer feitios no rebordo da massa, como diz a tia Bibi, fica sempre mimoso), pulverizar a massa com o açúcar amarelo (pouco, nada de abusos) e dispor as fatias de maçã em espiral começando pela periferia da tarteira até ao centro. Se no fundo da taça das maçãs ainda se encontrar um resto de água ardente, juntar um pouco de água e regar a tarte. No final pulverizar de novo com açúcar amarelo e raspas de canela. No centro colocar uma cereja em calda. Vai ao forno já quente a uma temperatura média de 130º C durante cerca 30 minutos (não tenho a certeza do tempo, o melhor é ir espreitando).
Para quem estiver com saudades do frio do Outono, podem aproveitar o forno ligado e por umas quantas castanhas no forno....
Quando começar a cheirar bem é porque está quase!

E assim se adoça, com a melhor tarte de maçã de sempre, o que parece eternamente amargo!